sexta-feira, novembro 20, 2009

Margaret


Sonhei contigo, Margaret. Já não pensava em ti há tanto tempo. Acho que de por tanto tempo dividirmos o mesmo homem acabei por te amar também a ti, como mulher. Tantas noites partilhámos a mesma cama, os mesmos gritos de prazer, as mesmas súplicas, o mesmo desespero, o mesmo êxtase, os mesmos sonhos inseguros, os mesmos sorrisos com o medo que os tivéssemos a roubar uma à outra. Amei-te, sim, Margaret. E não te consigo esquecer.


Lembras-te de quando lhe pedias para não parar e ele te dizia que eras perversa e tu o espremias entre as coxas torturando-o de prazer? Amei-te tanto como te odiei nessas noites e naqueles orgasmos que ele me deu sei que também eram teus e tinha raiva e ódio de mim, de ti, dele, de nós os três. Raiva e prazer nesses orgasmos.Queria-o tanto [só] para mim e tu [só] para ti, mas ele era nosso Margaret, era nosso. E nós a duas éramos [só] dele, as duas, [sós] para dele.


Aquele olhar enfeitiçado, embevecido quando me[te][nos] olhava era capaz de num segundo levar o meu[teu][nosso] mundo à perdição outras ao Paraíso. Lembro-me de como ficava todo vaidoso quando nos levava a um bar e nos embonecávamos todas, tentando equilibrar o nosso glamour entre saltos altos que se prendiam nos paralelos das ruas estreitas. Ele tentava caminhar mais devagar ou ia olhando de soslaio por trás dos nossos ombros para logo se perder, maravilhado, a olhar para a forma como as nossas nádegas se passeavam sublimemente ao som dessa música de clock, clock, clock...


Às vezes acho que ficava um pouco indeciso. Não entre nós as duas, mas entre o ondular dos nossos peitos e o das nossas nádegas. E parava. Sorria meio atrapalhado, e muito decidido colocava a mão direita na mama esquerda e a mão esquerda na nádega direita. E via-se feliz.Ele era feliz connosco, Margaret. E nós matámos este amor tentando separar metade dele para cada uma de nós. Matámo-lo Margaret. E agora ele já não é nosso, não é teu, não é meu, não é seu. Morreu, como uma flor arrancada da terra. E agora somos só[s] nós.


Ver também nesta Sequência de Contos, Edna e Leila

Pic: Geometry of relations by eugenebuzuk

terça-feira, outubro 27, 2009

Un[dress]

No olhar parecia um menino amedrontado e excitado, ao mesmo tempo. Ela ficou orgulhosa do resultado do caminho que tinham vindo a percorrer. Amou-o mais, ainda, e mesmo que em silêncio ele devolveu-lhe esse mesmo amor.
Nesse dia olhou-o e emocionou-se olhando-o completamente despido, no seu colo. Já não tinha medo, entregava-se completamente.

Ali estalava ele, sem medo de falar das suas emoções, sem tentar controlar o que sentia. Ali estava. Sem cápsulas milagrosas, sem capas, sem máscaras, com as feridas a descoberto. Ele, despido. Completamente despido, como talvez nem sozinho alguma vez tivera a ousadia de se olhar, antes.
E, agora, teve. Com ela.
E quando se apercebeu, sorriu.




[Não há coisa mais enternecedora e arrebatadora do que um inesperado sorriso tímido do homem que amamos. Há coisas que superam as palavras...]

segunda-feira, setembro 28, 2009

Amar

A melhor forma de amar é nua.
Despida de escudos, armas, artifícios, medos, inseguranças ou receios.
A melhor forma de amor é amar e ser amado em nudez.
É raro, mas é possível encontrar um amor assim. Um amor que não precisa de roupas para aconchegar o coração. Nem capas para o proteger.
Pois a melhor forma de amar é assim: nua e crua.

segunda-feira, setembro 21, 2009

amOking zOne



O cigarro saltou do maço num jogo de sedução que convidava a sua boca a beijá-lo, a tragá-lo e a desejá-lo. Já não era ela que o puxava para si, mas ele que se sentia atraído e viciado nela.

quinta-feira, setembro 03, 2009

DiálOgos acerca de ritmOs cardíacos, ou não



Ela
: Qual é o mal de amar, assim, tão intensamente?

Ele: Nenhum, de facto. Se ambos amarem num registro igual.

Ela: E se um amar a um ritmo mais intenso que o outro?

Ele: Há duas opções... Morte por acidente ou morte natural.

Ela: (Ri-se)
– Trágico. Como?

Ele: Ou o primeiro atropela o segundo devido ao excesso de intensidade, ou o segundo morre de ataque cardíaco tentando alcançar o primeiro.

Ela: Mmm... E não há hipótese de harmonia em dois corações tão desritmados?

Ele: Talvez... Se o primeiro aprender a respirar mais lentamente sem que com isso deixe de respirar totalmente e o segundo acelerar um pouco o ritmo sem que se chegue a asfixiar... Talvez consigam encontrar uma harmonia aí no meio.

Ela: Até que um dia ou primeiro se esqueça e volte ao seu registro normal, enforcando o segundo puxando com demasiada força o canal que liga a artéria pulmonar à aorta; ou o segundo se esqueça de deixar uma abertura maior na aorta para que o primeiro possa entrar e esse morra com uma contusão fatal ao embater nela com tanta força.

Ele: Já pensaste na hipótese de ambos juntos, conseguirem atingir um ritmo permanentemente possível de alcançar?

Ela: (Risos...)
– Ou isso. Sentes-te capaz de acelerar?

Ele: Ou tu de abrandar?

Ela: Não podemos ter certezas, de facto, sem antes se tentar.

Ele: (Sorri)

Ela: Não te esqueças de dizer à minha mãe que se eu morrer com uma aorta na cara, para me perdoar por morrer a praguejar e a sorrir ao mesmo tempo.

Ele: Ela sabe que nunca foste muito dada a ritos religiosos, creio que imagina que gostar de ajoelhar não é exactamente o mesmo do que rezar... (riso malicioso)

Ela: (Ri)

Ele: Mas porquê "a sorrir ao mesmo tempo", até a morte a imaginas assim?

Ela: Sabes bem que não a imagino, simplesmente. Mas sei que se lá chegar dessa forma quer dizer que, no caminho antes, fui muito feliz contigo em ritmos encontrados.

(Sorriem ambos)


Ele: Querida, será que, então, agora já me podes tirar o nó de marinheiro com que me ataste a gravata à cama, por favor?

Ela: Sempre teve ao teu alcançe soltá-lo. Basta que te inclines para a frente e me tires o uniforme de marinheira que me ofereceste à entrada. Debaixo dele tens umas bóias de salvação para não te afogares se o mar estiver intenso demais para ti.

Ele: (risos)
– Traiçoeira, enganaste-me.

Ela: (ri-se também)
– Não. A tua liberdade sempre esteve ao teu alcance, tu é que estavas demasiado ocupado a procurá-la e pouco atento para ver que ela sempre esteve aqui.



[pic by Fresh_Evy_Coffee]

segunda-feira, agosto 31, 2009

cOisas, são sempre as coisas...


Há coisas que procuro e não encontro. Outras tenho receio de já as ter perdido [em mim].
Assusto-me facilmente, comigo mesma.

terça-feira, agosto 25, 2009

jack johnson - better together (live)

There's no combination of words
I could put on the back of a postcard
No song that I could sing
But I can try for your heart
Our dreams, and they are made out of real things
Like a, shoebox of photographs
With sepiatone loving
Love is the answer,
At least for most of the questions in my heart
Like why are we here? And where do we go?
And how come it's so hard?
It's not always easy and
Sometimes life can be deceiving
I'll tell you one thing it's always better when we're together

[Chorus:]
MMM it's always better when we're together
Yeah, we'll look at the stars when we're together
Well, it's always better when we're together
Yeah, it's always better when we're together

And all of these moments
Just might find their way into my dreams tonight
But I know that they'll be gone
When the morning light sings
And brings new things
For tomorrow night you see
That they'll be gone too
Too many things I have to do
But if all of these dreams might find their way
Into my day to day scene
I'd be under the impression
I was somewhere in between
With only two
Just me and you
Not so many things we got to do
Or places we got to be
We'll Sit beneath the mango tree now

It's always better when we're together
Mmmm, we're somewhere in between together
Well, it's always better when we're together
Yeah, it's always better when we're together

MMmmmm MMMmmmm Mmmmmm
I believe in memories
They look so, so pretty when I sleep
Hey now, and when I wake up,
You look so pretty sleeping next to me
But there is not enough time,
And there is no, no song I could sing
And there is no, combination of words I could say
But I will still tell you one thing
We're better together.

quinta-feira, agosto 06, 2009

Aimee Mann – Ballantines

It must be hard ringing the bells
Of doors that don't swing wide anymore
It must be hard hearing the sound
Of voices just inside of the door

A man who couldn't hold your coat
Who's hung on ever antidote
So it must be hard watching the fellows gloat
Ballantines

It must be hard seeing the same old crowd
Just pass you by in the street
It must be tough knowing your stuff
Could only horrify the elite

You cut off everyone you know
Boy you told `em all where to go
Now it must be hard getting the same revoke
Ballantines

Well, patrons at the bar in Lexington Kentucky
Who sprung for every drink you downed
With things the way they are it's not that kind of party
If what you've got might just be good (?)

The fat cows won't be getting thin
Seeing the kind of jam you're in
Though the angels dance on the head of another pin

Ballantines
Ballantines
Ballantines

quarta-feira, agosto 05, 2009

Íris

Chegou hoje a princesa mais esperada pela meu coração, ao longo deste ano, a minha sobrinha Íris.
As lágrimas não param de escorrer pela minha face. Amo-a tanto. E ainda me faltam alguns dias até que, finalmente, a possa ver. Queria poder partilhar tanto com ela... Esta é a parte difícil de quando se elege um país diferente para viver.
Mas aqui e lá estarei e ela no meu coração, para sempre.

Bem-vinda, Íris!
Só me apetece chorar e abraçar-te, e sorrir-te...


HAPPINESS – Goldfrapp
http://www.youtube.com/watch?v=m9bO7WmmBf0

Make it better
We're here to welcome you!

quarta-feira, julho 01, 2009

Angelin Preljocaj - stravinski

Pina Bausch


Pina Bausch morrreu ontem, mas deixa todo um mundo de magia...

sexta-feira, junho 19, 2009


Styska se mi po tobe...

domingo, junho 14, 2009

O impacto do asfalto sobre a cultura de espargos na Zâmbia!




Sophie vivia em Paris, perdida num mundo citadino e cumpria os seus 35 anos quando sentiu necessidade de se libertar dos seus vícios da vida moderna. Foi com o Budismo que descobriu uma viagem infinita ao seu interior e com a força dos pensamentos que ele lhe deu que ela decidiu mudar radicalmente a sua vida.

Despediu-se do seu emprego de fotógrafa de elite e partiu rumo às suas origens, Zâmbia.
Tentou desprender-se de tudo mas mesmo assim não deixava de ser aquela mulher glamourosa que caminhava de saltos altos na Avenue des Champs-Élysées até ao Rond Point onde frequentemente disfrutava do festival maravilhoso de flores coloridas e castanheiras frondosas.

Ao chegar a Lusaka esperava-a Gus, um alto e atraente guia da cidade que a levou ao Taj Pamodzi Hotel. Passaram-se vários dias e Sophie viu-se completamente conquistada pelo calor, paixão e simplicidade da terra vermelha. Gus apresentou-lhe a riqueza pura da Zâmbia e, sem o notarem os seus corpos cada vez chamavam um pelo outro, como a terra chama a chuva, como a Primavera chama os pássaros e as flores.

Foi num longo passeio pelas famosas cataratas de Vitória (Victoria Falls) que Sophie decidiu ficar. Fizeram amor na água como se aclamando a um pedido vindo dos céus inegável ao desejo dos seus corpos. E descobriram juntos a simplicidade de uma felicidade tão plena e tão completa.

Sophie pensou se não seria um contrasenso a inexistência de asfalto para passear os seus stylettos italianos... mas achou que o impacto do asfalto na cultura de espargos na Zâmbia seria muito mais catrastrófica do que se alguma vez tivesse imaginado antes optar por seguir a sua vida ali, onde encontrou não só a felicidade, mas um grande amor que a partilhara com ela.

E foi assim que os deixou para trás, como a vida que vivia em Paris, da qual apenas uma coisa manteve, a fotografia. Com a diferença de que, também ela assumiu um papel luminoso na sua vida, pois abraçou uma causa de uma associação de sensibilização pelos povos africanos.

sexta-feira, junho 12, 2009

pOst



Este fim-de-semana sai post!
O impacto do asfalto sobre a cultura de espargos na Zâmbia




[Título sublime sugerido pelo Rafeiro]

segunda-feira, junho 08, 2009

Ninguém meu amor




Ninguém meu amor

ninguém como nós conhece o sol

Podem utilizá-lo nos espelhos

apagar com ele

os barcos de papel dos nossos lagos

podem obrigá-lo a parar

à entrada das casas mais baixas

podem ainda fazer

com que a noite gravite

hoje do mesmo lado

Mas ninguém meu amor

ninguém como nós conhece o sol

Até que o sol degole

o horizonte em que um a um

nos deitam

vendando-nos os olhos.

 

 [Sebastião Alba]

segunda-feira, maio 25, 2009

[amar] António Lobo Antunes




Amo-te tanto que te não sei amar, amo tanto o teu corpo e o que em ti não é o teu corpo que não compreendo porque nos perdemos se a cada passo te encontro, se sempre ao beijar-te beijei mais do que a carne de que és feita, se o nosso casamento definhou de mocidade como outros de velhice, se depois de ti a minha solidão incha do teu cheiro, do entusiasmo dos teus projectos e do redondo das tuas nádegas, se sufoco da ternura de que não consigo falar, aqui neste momento, amor, me despeço e te chamo sabendo que não virás e desejando que venhas do mesmo modo que, como diz Molero, um cego espera os olhos que encomendou pelo correio.



in "Memória de elefante [1979*]" de António Lobo Antunes**






* O ano do meu nascimento :)

** Este GRANDE senhor hoje participará numa conversa com o poeta e catedrático de literatura Luis Izquierdo, pelas 19h00, no auditório da Biblioteca Jaume Fuster (Pl. Lesseps 20-22 - Barcelona).Para mais informações podem consultar o sítio web:http://w3.bcn.es/V51/Serveis/AgendaRecomanada/V51AgendaRecomanadaIniciCtl/0,2169,99468069_99472061_1_842532771,00.html?accio=detall

terça-feira, maio 19, 2009

The sKy in her finGers

Post vencedor do ranking semanal, enjoy it!




Voo 45309X7.
Vasco entra no Airbus A380 e repara que é o único passageiro no segundo andar do avião. Esperavam-no longas horas até chegar a Buenos Aires e planeva rever os pontos que queria focar na apresentação que iria fazer de um produto novo da sua empresa.
Recostou-se no seu lugar e, depois de feitas as contas, decidiu deixar-se adormecer um pouco antes de começar a trabalhar.

Acordou com uma voz sensual ao seu ouvido, que lhe perguntou: What can i do for you, sir?
Ainda meio adormecido esfregou os olhos e fitou-a incrédulo ao se deparar com a sua beleza desenhada num corpete negro.
Ela sorriu-lhe, ele devolveu-lhe o sorriso com lascívia enquanto ela começava a desenhar com os seus dedos que lhe iam desabotoando as calças. Sem perguntas ele foi retirando a gravata e despindo a camisa num êxtase provocado pela forma como ela lhe acariciava os tomates e lambia o sexo. E não existiram cedências, mas um acordo mútuo mudo, quando ela passou a boca para os seus mamilos e se sentou cavalgando no seu sexo de pernas apoiadas nos seus ombros e braços agarrados ao seu tronco. 
Ele agarrava-a pelas nádegas e oscilava as lambidelas desde as orelhas até ao pescoço, para logo se perder nas suas mamas brancas, frescas e boas como laranjas doces de Outubro. Apalpava-as quando mudava uma ou outra mão e lambia-as, chupava-as cheio de tesão.

As oito horas do voo foram passando enquanto eles voavam noutro sentido e nem uma palavra trocaram. Só sorrisos, risos, gritos e suspiros.
E aterraram exactamente três minutos antes do avião. Três minutos esses que se passaram entre a correria dele a vestir-se e arrumar as suas coisas e a sihuetta dela a desaparecer por trás da cortina.

Voo 45309X7. 
Vasco sai do segundo andar do Airbus A380. Ela estava à porta do avião a despedir-se dos passageiros, sorri-lhe e diz-lhe: Hope you had a nice trip, sir. Thank you for choosing us.
Ele fica reticente na busca de um contacto, ms ela mecanicamente dirige o seu olhar para a próximo passageiro...

Ele foi o único passageiro com o privilégio de sobrevoar o paraíso do seu corpo. Mas foi ela que o fez voar e sair da sua pele onde ficaram marcados os seus dedos, para sempre.

quarta-feira, maio 13, 2009

It'S a questiOn of lOve



O amor abre ¿e cerra? as minhas interrogações.


Fragile
Like a baby in your arms
Be gentle with me
I'd never willingly
Do you harm

Apologies
Are all you seem to get from me
But just like a child
You make me smile
When you care for me
And you know...

It's a question of lust
It's a question of trust
It's a question of not letting
What we've built up
Crumble to dust
It is all of these things and more
That keep up together

Independence
Is still important for us though (we realise)
It's easy to make
The stupid mistake
Of letting go (do you know what I mean)

My weaknesses
You know each and every one (it frightens me)
But I need to drink
More than you seem to think
Before I'm anyone's
And you know...

Kiss me goodbye
When I'm on my own
But you know that I'd
Rather be home



[Depeche Mode]

sexta-feira, maio 08, 2009

Dança do ventre



I'm ready,
i'm ready fOr yOu!

Are you ready for me?

quarta-feira, maio 06, 2009


Inquérito desta semana: WHAT ABOUT? QUE POST MAIS GOSTARIAS DE AQUI LER?

Total: 0 votos

Ena! Sabia que não tinha muitos visitantes, mas daí a chegar à conclusão de que não lhes importa sobre o que escrevo são outros mil... :P

sábado, abril 25, 2009

elementarY dear WatsOn

Post vencedor do ranking semanal, enjoy it!


Petra era uma mulher citadina que rondava os 30 anos, estava "descomprometida" e continuava a julgar que um dia encontraria O elegido. No entanto isso não invalidava o facto de ser sexualmente activa e de ir mantendo as suas aventuras com diferentes parceiros. Gostava de sexo, apesar de muitas vezes não gostar do tipo de sexo que lhe davam. 

Foi tendo parceiros mais novos, outros da mesma idade que ela e ainda alguns mais velhos. O sexo era sempre diferente com cada um deles. Surpreendia-se, frequentemente, pela positiva com os vintões que lhe proporcionavam longas noites de prazer e sexo tantra. Surpreendia-se, muitas vezes, pela negativa com os trintões que frequentemente fodiam com o seu umbigo apenas. Havia algo nos quarentões que lhe despertava ternura, talvez aquela forma meia indecisa de foder; ora como loucos, ora totalmente ternos como se fosses a mulher da vida deles.

Um dia perguntou-se porquê que a passo com o seu amadurecimento, cada vez mais os homens tendiam a foder como os coelhos...
E, a resposta que obteve foi que os homens teriam medo envelhecer, e no seu mais profundo íntimo queriam ser adolescentes a vida toda (talvez também isso explicasse a adoração de certos homens por adolescentes). E será por isso que quanto mais velhos se sentem, mais sentem a sua vida de putos a desmoronar-se e será a partir de aí, quando surge esse medo, que eles começam a foder sem sentir, como máquinas, tentando recuperar a vitalidade e juventude, tentando provar a eles mesmos que são jovens, que têm vigor.
Mas de que valeria foder forte e feio como se não houvesse amanhã se esse acto tiver uma duração curta e limitada no tempo?

Petra achava triste o envelhecer masculino, ainda mais do que o feminino (que no seu corpo, para já, ainda não se manifestava).
Achava triste que vivessem à sombra da imagem do que eram quando tinham 18 anos... o que insconscientemente os fazia foder sem ritmo e sem glamour, como numa corrida desenfreada do último respirar da juventude.

Um dia contou isto a um engate pré quarentão que julgou ser de uma noite, mas que se ficou pelo aquecer dos 15 minutos de glória desenfreada, enquanto ajeitava o vestido para se ir embora, e ele lhe perguntava porquê que ela já ia.
Ao que ela respondeu:
Elementar, dear Watson. Se eu gostasse de foder com um coelho teria pedido para reencarnar nesta vida, como coelha...
Foi embora e nunca mais se viram.

quinta-feira, abril 23, 2009

Sant Jordi en Cataluña


Difícil de entender para quien no lo ha vivido nunca, la fiesta de Sant Jordi es una jornada festiva y popular en que las paradas de libros, las rosas y especialmente ríos de gente, toman las calles de todas las localidades catalanas. La celebración no puede ser más sencilla: el ritual consiste en pasear, comprar una rosa, un libro o las dos cosas, para regalar a las personas queridas, familiares y amigos. Aunque no es festivo, Sant Jordi y el paseo obligatorio llenan las calles y plazas convirtiendo la jornada en una singular fiesta nacional que se celebra en un día laborable
El origen de esta fiesta tan singular la encontramos en una mezcla de tradicions y constumbres de épocas diferentes. Concide el hecho de que Sant Jordi sea el patrón de Cataluña (de forma oficial desde el año 1456, aunque se le veneraba desde el siglo VIII), con la costumbre, también medieval, de celebrar una feria de rosas o "de los enamorados" en el Palacio de la Generalitat.
A estas celebraciones más tradicionales se le añadió el Día del Libro, instaurado en España en 1926. La celebración literaria acabó haciendo una mezcolanza con las tradiciones catalanas creando una jornada de gran aceptación ciudadana.




Texto original retirado daqui



Ler mais aqui:

terça-feira, abril 21, 2009

segunda-feira, abril 20, 2009

IdiOt prayer (Am i?)


They're taking me down, my friend
And as they uskher me off to my end
Will I bid you adieu?
Or will I be seeing you soon?
If what they say around here is true
Then we'll meet again
Me and you

My time is at hand, my dove
They're gunna pass me to that house above
Is Heaven just for victims, dear?
Where only those in pain go?
Well it takes two to tango
We will meet again, my love
I knowIf you're in Heaven then you'll forgive me, dear
Because that's what they do up there
If you're in Hell, then what can I say
You probably deserved in anyway
I guess I'm gunna find out any day
For we'll meet again
And there'll be Hell to pay
Your face comes to me from the depths, dear
Your silent mouth mouths, 'Yes", dear
Dark red and big with blood
They're gunna shut me down, my love
They're gunna launch me into the stars
Well, all things come to pass
Glory hallelujah
This prayer is for you, my love
Sent on the wings of a dove
An idiot prayer of empty words
Love, dear, is strictly for the birds
We each get what we deserve
My little snow white dove
Rest assured


Nick Cave & The Bad Seeds – Idiote Prayer

quarta-feira, abril 15, 2009

mY lOrd...


Recebe-me em ti, como receberias uma óstia na tua boca. Ajoelha-te sob o meu corpo, e abre a cortina, confessa-te nele, e liberta todos os teus pecados nessa porta aberta para ti. Percorre as minhas impressões digitais como se fossem contas no teu terço. Abraça-me. Recebo-te em mim.
... e mesmo se não fores crente, crê em mim. Acredita em mim, pois colocar-te-ei o pecado e a absolvição entre a ponta dos teus dedos e tua língua.

Pic by DeltaMarie

quarta-feira, abril 08, 2009

cLean iT

Post vencedor do ranking semanal, enjoy it!



Tocaram à campainha. Era P, uma empregada do Hotel Trilok. F abriu-lhe a porta com um sorriso malicioso, deixa cair a toalha que trazia à cintura e convidou-a a entrar, dentro dos seus lençóis. Ela riu e olhando para o seu pénis longo e arqueado disse-lhe que aguardava ajuda para limpar. Ele ficou com um olhar surpreendido, esperava muitas respostas, mas não essa.

Tocaram à campainha de novo. A porta estava encostada. Chegou R, uma segunda empregada, enquanto a primeira já lambia energicamente os tomates de F, o masturbava e fazia gemer. R faz um gesto teatral ao colocar a mão, em tom de surpresa, na boca e deixa cair as suas cuecas até ao chão. Sorriem com cumplicidade, as duas. Ele delira. R lambe-lhe a face, afasta a bata e penetra-o na sua vagina, enquanto P passa a acariciar-lhe os tomates e a encher-lhe a boca com seus mamilos redondos e cor de rosa.


F grita e respira ofegantemente, emite gemidos de luxúria. P e R trocam de papéis, trocam todos de posições. Colocam-se ajoelhados em fila indiana. R à frente, P a lambê-la e F fodendo P à canzana apertando energicamente as suas ancas efeito vaivém, vaivém, vaivém.
Num turbilhão foderam os três, giraram-se, trocaram de posições, bocas, minetes, mamadas, terminaram com F vindo-se nas mamas de P e com R a lamber o seu esperma dizendo-lhe: I clean you, babe, i clean it all!

páscOa feliZ


Qual coelhinho, quais ovos, qual quê?

Preparem-se para a chegada da nOgs, pois nesta Páscoa estará em terras lusas;)

domingo, abril 05, 2009

Let'S danCe!



Sempre fui apaixonada por dança. Desta vez decidi entregar-me a ela.
Eu vOu, eu vOu para a danÇa do venTre eu vOu.

quinta-feira, abril 02, 2009

brOma


Olá, olá.
Sim, a maioria acertou que a notícia que aqui lancei ontem era mentirinha de 1 de Abril. Levei inclusivé uns raspanetes (autch) por andar a iludir a malta da minha hipotética volta. EhEh!
Continuarei por Barcelona, sim... Mas continuarão a ter-me de férias por aí, pois é verdade que adoro Portugal e a minha querida Lisboa:)

Entretanto têm uma nova votação acerca do tema do próximo post.
BeijOs


Pic by luckylooke

quarta-feira, abril 01, 2009

anÚnciO infOrmativo


AmigOs! En el prÓximo méS de mayO vUelvo a Portugal; vOlveré a vivir en LisbOa. A lOs que se qUedan... vOs echaré de menOs!



Amigos tugas, here i gO again, a partir de Maio voltarei a viver em Lisboa!!!
Sintam-se livres de me oferecerem uns cafés e sessões de copos no nosso querido Bairro Alto, Lux, Fragil e afins:)

segunda-feira, março 30, 2009

pUssY caT

Aqui está o post do tema vencedor da sondagem desta semana. Enjoy it.




Milah adora sentar-se nas janelas, esticar as garras ao longo da altura que consegue alcançar de forma a que se desenhe a curva sensualmente perfeita da sua linha esbelta. Passeia-se pela casa e roça-se nas pernas, no colo, na boca, no peito do seu gato elegido.
Ele observa-a e deleita-se com aquele espectáculo de excitação enfervescente. Ela sobe ao sofá, abana o rabo e mia para ele, estica-lhe uma ou outra pata convidando-o a tocar a suavidade do seu rabo alçado. Ele não resiste e lambe-a cheio de desejo. Ela começa o seu grito de cio chamando-o mais para si. Arranha-lhe as costas enquanto o puxa e o faz envolvê-la como uma casca protectora.

Tilintam de prazer num movimento desacertado de arquear da espinha e de atracção como o íman faz ao metal. E as cortinas dançam nas janelas, as janelas tocam no vento e o vento canta ao tempo aquele apaixonado a[casa]lar.


quarta-feira, março 25, 2009

tOo mUch?

I'm just the pieces of the wOman I used to be
Too many bitter tears are raining down on me
I'm far away from home
And I've been facing this alone
For much too long
I feel like no-one ever told the truth to me
About growing up and what a struggle it would be
In my tangled state of mind
I've been looking back to find
Where I went wrong
Too much wOrk* will kill you
If you can't make up your mind
Torn between the wOrker
And the wOrk you leave behind
You're headed for disaster
'cos you never read the signs
Too much wOrk will kill you
Every time…




I'm just the shadow of the wOman I used to be
And it seems like there's no way out of this for me
I used to bring you sunshine
Now all I ever do is bring you down
How would it be if you were standing in my shoes
Can't you see that it's impossible to choose
No there's no making sense of it
Every way I go I'm bound to lose
Too much wOrk will kill you
Just as sure as none at allIt'll drain the power that's in you
Make you plead and scream and crawl
And the pain will make you crazy
You're the victim of your crime
Too much wOrk will kill you
Every time

Too much wOrk will kill you
It'll make your life a lie
Yes, too much wOrk will kill you
And you won't understand why
You'd give your life, you'd sell your soul
But here it comes again
Too much wOrk will kill you
In the end...
In the end.


[Música original de Queen, adaptada por nOgS]


*and to much lOve too.


domingo, março 22, 2009

Well dO ya, dO ya, dO yOu wanna?


dO yOu wanna flY witH mE?

Come fly with me, lets fly lets fly away
If you can use, some exotic booze
Theres a bar in far bombay
Come fly with me, well fly well fly away

Come fly with me, lets float down to peru
In lama land, theres a one man band
And hell toot his flute for you
Come fly with me, well float down in the blue

Once I get you up there, where the air is rarefied
Well just glide, starry eyed
Once I get you up there, Ill be holding you so near
You may here, angels cheer - because were together

Weather wise its such a lovely day
You just say the words, and well beat the birds
Down to acapulco bay
Its perfect, for a flying honeymoon - they say
Come fly with me, well fly well fly away


Frank Sinatra & Writer(s): cahn/van heusen

sexta-feira, março 20, 2009

primaVera



Amo a Primavera, é a minha estação do ano favorita. Na Primavera tudo começa, tudo renasce. Os cheiros, as cores, a temperatura, o som dos pássaros a chilrear começam a convidar-nos para dançar e celebrar a vida. Por isso a sua chegada, a cada ano, é sempre o meu dia mais feliz, mesmo que até então ainda sinta a tristeza do Inverno a agarrar-me.


Feliz Dia da Primavera!

Bird Gehrl - V for Vendetta fanvid


I am a bird girl now
I've got my heart
Here in my hands now
I've been searching
For my wings some time
I'm gonna be born
Into soon the sky
'Cause I'm a bird girl
And the bird girls go to heaven
I'm a bird girl
And the bird girls can fly
Bird girls can fly

sábado, março 14, 2009

Could i be a Cheerleader?

Na votação (que só obteve dois votos, eh,eh – thanks Fada e Inv3rs0). Ficou empatado o: "Yes you can!" com o "For a Fantasy, yes you can".
Aqui vai o post prometido, então.


Nunca tinha sido uma garota de risinhos tontos nem piadas fáceis. Não se sentia especialmente atraída nem por jogadores de futebol e muito menos pelo futebol em si. Gostava de disfarces e de se disfarçar para se divertir. Também na cama. Os fetiches assentava-lhe melhor do que luvas.
Esperou-o em casa dele com um conjunto de pompons, uma minisaia e um top que lhe desenhava o peito chamando-o directamente para si.
Quando ele chegou ficou perplexo a olhar para ela com aquele olhar de menina travessa. Ela pediu-lhe que se sentasse no sofá e ligando a música começou a dançar em cima da enorme mesa de jantar.  Cantou, dançou, fez piruetas e aterrou no seu colo. Começou a acariciá-lo e a balançar as nádegas nuas, por baixo daquela minisaia provocadora. Deixou-o despir o seu top atrevido e acariciar-lhe o peito com as suas mãos delicadas.  Despiu-o, beijou-o desde o umbigo até ao pescoço. Parou ali, pegou-lhe na mão e levou-o até à mesa. Sentou-se e com um natural gesto de abraço de pernas contra as suas ancas trouxe-o até si.
Ali se entregaram até o grito se libertar do corpo e encher de suspiros toda a sala.



Pic by mjanum

terça-feira, março 10, 2009

tO bite or nOt tO bite




Aquele homem-rapaz tinha um sorriso safado e guardava no seu olhar brilhante desejos para oferecer a todas as mulheres. Oferecia palavras, flores e fruta no mercado do inatingível e insustentável poço de pecados. E todos aceitavam as suas oferendas enfeitiçadas, embriagados por tamanha beleza. O seu reino do pecado durou anos, anos e anos. Permaneceu ali inquebrável, até um dia...


Até um dia lhe aparecer uma morena que lhe estendeu a mão e lhe disse: – Só gosto de maçãs vermelhas. Tens?

É pr'ó menino, é p'rá meninaaa


Que se note: Saldos a sério a sério são em Viseu.

sexta-feira, março 06, 2009

David Bowie-Wild Is The Wind

Ontem estavam ventos a 120km/h aqui... mas nem por isso eles me levaram até aos teus braços...

quinta-feira, março 05, 2009

SinG me tO sLeep



Canta-me palavras sensuais ao ouvido antes de dormir. Impregna-me com o cheiro do teu cálido corpo, colado, suado no meu. Faz-me graçolas como quem faz bolinhos de mel cobertos por cerejas com chantilly. Deixa-me descobrir a tua pele apenas pelo toque das minhas impressões digitais tatuadas nas tuas.
Inspiras-me, expiras-me, enrolas o meu hálito de morangos cobertos com chocolate, na tua língua perversamente gulosa. Fazes boca de peixinho para mergulhares nos meus lábios abundantemente molhados.
Afundas-te em mim, os nossos corpos dançam juntos até ao suspiro chegar.
E, depois, adormeces de cabeça colada aos meus seios.




Sing me to sleep
Sing me to sleep
I'm tired and I
I want to go to bed
Sing me to sleep
Sing me to sleep
And then leave me alone
Don't try to wake me in the morning
'Cause I will be gone
Don't feel bad for me
I want you to know
Deep in the cell of my heart
I will be so glad to go

Sing me to sleep
Sing me to sleep
I don't want to wake up
On my own anymore
Sing to me
Sing to me
I don't want to wake up
On my own anymore
Don't feel bad for me
I want you to know
Deep in the cell of my heart
I really want to go

There is another world
There is a better world
Well, there must be
Well, there must be
Bye bye.



Pic by Rimfrost

quarta-feira, março 04, 2009

bOletim MeteOrológicO


Eu tenho um certo gozo em ver-te contente
Já sei que o meu sentimento é banal
Mas nem por isso o que eu digo
A meu ver é menos importante

Às vezes apetece-me oferecer-te um presente
Mas nem sempre calha
E quando calha é quase sempre
Aparentemente insignificante

Por exemplo gostava de te dar uma paisagem
Com camelos e mar ao fundo
Maravilhosa e serena
Tranquilamente estimulante

Mas como pintora sou um desastre
E como economista ainda mais decepcionante
Mesmo assim eu insisto em fazer parte
Do teu mundo

O boletim meteorológico anunciou calor
Não vou duvidar
Faz sentido no meu sistema solar

Imagina que eu sou uma ilusionista
Que arranca coisas do chão, do chapéu, do coração
Talvez assim vejas em mim uma mulher nova
Toda elegante

O que na verdade sou e a verdade
Pode ser elevada à coisa sonhada
Reinventada por muito se querer
E eu quero ser tua amante

Desta vez vou construir uma cama de espuma
Adequada à função de voar
Com limpa-pára-nuvens
Mesmo à altura do teu olhar

Se for preciso um pára-quedas arranjamos
Uns milagres em bom estado prontos a usar
Se achares que não valeu a pena, aí lamento
Mas não posso mesmo concordar

O boletim meteorológico anunciou calor
Não vou duvidar
Faz[es] sentido no meu sistema solar
Faz[es] sentido no meu sistema solar.



Letra e música de Jorge Palma, adaptado ao meu coração de mulher e ao que me deu na gana, também.

terça-feira, março 03, 2009

Happy birthday

HappY, happy birthdaY to yOu.

NOw... let's gO and have sOme fUn;)

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Cooming sOOn... cheerleader

Could i be a cheerleader?
Está para breve este pOst.



segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Dance Me to the End of Love

Absolutely lovely.
Please take me, Dance Me to the End of Love.


Singing: Madeleine Peyroux
Dancing: Eleanor Powell

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

umbigO


Será que as pessoas que vivem em função do seu umbigo são capazes de amar outra pessoa que não eles próprios?




segunda-feira, fevereiro 16, 2009

[Un]mask


I can't pretend to be always happy. I can't pretend that i don't need him when a really need.
I prefer to be naked than resigned with my feelings.

This is me.
That's just who i am without masks, without him by my side wanting the same...

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

I'm nOt here



Perdoem-me a ausência, mas estou numa fase muito complicada em termos de trabalho.