Com a paixão desconcerta o pensamento
E ama. É física a profundidade.
Inspira Vénus o desejo ardente
Para nos mover à última ansiedade.
Num ser unívoco o amor enleia
Os corpos nus. Na área da magia
Rompe a brancura; e cresce, ao tempo alheia,
A onda do prazer, causa da vida.
Segura no infinito a carne aberta
Atrai o sangue que corre para a verdade
Procurando na jóia mais secreta
Do corpo a inicial da eternidade.
Um sol em agonia a tarde gera
E vai o espasmo ao mais fundo da alma
Buscar o grito casto que se enterra
Na terra fêmea e faz cair a máscara.
Lânguidas e lívidas esfolham-se então nos corpos
estrelas caídas no trono da loucura.
O sangue enrosca-se e faz sair dos poros
Um fumo de almas que mastigam nuvens.
[poema adaptado de Natália Correia]
8 comentários:
O poema, ainda que adaptado, está fantástico! Assim como a imagem associada.
Adorei!
E ainda, uma surpresinha, bem sei que não era preciso pois o blog já é aclamado, mas atribuí um prémio, que espero seja bem recebido.
Obrigada pelos comments no meu singelito blog. beijinhos
E eu a pensar que se falava de U2....
Melhor desaparecer no meio do fumo para as minhas almas...eheh
Beijinho
Paixão, amor, desejo, ansiedade, magia, prazer, infinito, atracção, jóia, eternidade, agonia, alma, gritos, máscaras, loucura... que mistura super explosiva!!!
Beijinhos.
uauuuu...adorei o poema...
beijo vagabundo
olá,
Belas palavras, cheias de intensidade...
A paixão é algo que simplesmente nos leva sem barreiras na onda do desejo...
Beijos e bom fim de semana
Colibri
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Boa adaptação!
Beijocas grandes
Gostei imenso deste poema. Prendes-me sempre à tua escrita!
Ai... este poema é uma maldade.
E a foto então...........
Kiss :)
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