sábado, setembro 08, 2007

O meu Tejo


Olhando o Tejo, do cimo dos moinhos, revejo-me em tudo o que me rodeia.
Aquelas águas calmas têm o meu nome escrito, aquele vento fresco tem o meu sopro, aquelas árvores dançantes têm o meu ritmo. E a cidade ao acordar, ao passar o dia, ao adormecer corre-me nas veias. Encontrei-me. E agora vou embora, de novo, procurando os pedaços de mim que aqui não pertenceram.
Às vezes penso que não existem desafios a mais para o meu peito, ou sensações suficientes para (re)descobrir. Serei de novo menina tonta de mochila às costas e a minha casa já não tem nome.
Encontrei algo perdido no meio de olhos da cor da floresta encantada iluminada por uma chama cor de avelã.
Mas, parte de mim, continua sempre a viajar. Mais um bilhete rumo à aventura. Mais uma infinidade de coisas para aprender. Bicho malvado, este, que me continua a mover. Vou desarrumar a bagagem e encher as paredes vazias do que preenche a minha vida. Mas ainda procuro a forma certa para pendurar todos os meus sonhos. E, transformo o meu tecto num quadro de sorrisos que guardei, fecho os olhos... E eles estão lá pintados.
Acima do Tejo quero engolir tudo o que ele me ofereceu, mas a fome por vezes é tão voraz que tenho receio de me engasgar. E, é nestes momentos, em que tanto tenho para dizer que fico em silêncio... E digo um até já um pouco mais longo.
Pic by_tinker_tot

1 comentário:

Anónimo disse...

desde lo alto la vista es mejor

amor