sexta-feira, junho 19, 2009
domingo, junho 14, 2009
O impacto do asfalto sobre a cultura de espargos na Zâmbia!
Sophie vivia em Paris, perdida num mundo citadino e cumpria os seus 35 anos quando sentiu necessidade de se libertar dos seus vícios da vida moderna. Foi com o Budismo que descobriu uma viagem infinita ao seu interior e com a força dos pensamentos que ele lhe deu que ela decidiu mudar radicalmente a sua vida.
Despediu-se do seu emprego de fotógrafa de elite e partiu rumo às suas origens, Zâmbia.
Tentou desprender-se de tudo mas mesmo assim não deixava de ser aquela mulher glamourosa que caminhava de saltos altos na Avenue des Champs-Élysées até ao Rond Point onde frequentemente disfrutava do festival maravilhoso de flores coloridas e castanheiras frondosas.
Ao chegar a Lusaka esperava-a Gus, um alto e atraente guia da cidade que a levou ao Taj Pamodzi Hotel. Passaram-se vários dias e Sophie viu-se completamente conquistada pelo calor, paixão e simplicidade da terra vermelha. Gus apresentou-lhe a riqueza pura da Zâmbia e, sem o notarem os seus corpos cada vez chamavam um pelo outro, como a terra chama a chuva, como a Primavera chama os pássaros e as flores.
Foi num longo passeio pelas famosas cataratas de Vitória (Victoria Falls) que Sophie decidiu ficar. Fizeram amor na água como se aclamando a um pedido vindo dos céus inegável ao desejo dos seus corpos. E descobriram juntos a simplicidade de uma felicidade tão plena e tão completa.
Sophie pensou se não seria um contrasenso a inexistência de asfalto para passear os seus stylettos italianos... mas achou que o impacto do asfalto na cultura de espargos na Zâmbia seria muito mais catrastrófica do que se alguma vez tivesse imaginado antes optar por seguir a sua vida ali, onde encontrou não só a felicidade, mas um grande amor que a partilhara com ela.
E foi assim que os deixou para trás, como a vida que vivia em Paris, da qual apenas uma coisa manteve, a fotografia. Com a diferença de que, também ela assumiu um papel luminoso na sua vida, pois abraçou uma causa de uma associação de sensibilização pelos povos africanos.
sexta-feira, junho 12, 2009
segunda-feira, junho 08, 2009
Ninguém meu amor
Ninguém meu amor
ninguém como nós conhece o sol
Podem utilizá-lo nos espelhos
apagar com ele
os barcos de papel dos nossos lagos
podem obrigá-lo a parar
à entrada das casas mais baixas
podem ainda fazer
com que a noite gravite
hoje do mesmo lado
Mas ninguém meu amor
ninguém como nós conhece o sol
Até que o sol degole
o horizonte em que um a um
nos deitam
vendando-nos os olhos.
[Sebastião Alba]
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