The Arrival

Serpenteando nasci
da fruta do pecado.
Não tenho veneno de cobra,
mas um néctar que te ofereço.

Deslizei como uma lagartinha,
envergonhada e desastrada.
E, ao te ver, ganhei asas
e comecei a esvoaçar.

A maçã acabou o seu ciclo,
e a lagarta cresceu e voou.
Com o teu carinho
e doce sorriso
no céu se aventurou.

Um rouxinol
e uma borboleta
começam a descobrir novos céus.

Ele canta e toca para ela
e ela dança e voa para ele.

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Eu... Até... Ti

"Eu fui devagarinho
Com medo de falhar
Não fosse esse o caminho certo
Para te encontrar
Fui descobrindo devagar
Cada sorriso teu
Fui aprendendo a procurar
Por entre sonhos meus

Eu fui assim chegando
Sem entender porquê
Já foram tantas vezes tantas
Assim como esta vez
Mas é mais fundo o teu olhar
Mais do que eu sei dizer
É um abrigo pra voltar
Ou um mar para me perder

Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
A gente finge
Mas sabe o que não é verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta
Eu trago-te comigo
E sinto tanto, tanto a tua falta

Eu fui entrando pouco a pouco
Abri a porta e vi
Que havia lume aceso
E um lugar pra mim
Quase me assusta descobrir
Que foi este sabor
Que a vida inteira procurei
Entre a paixão e a dor

Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
Gente perdida
Balança entre o sonho e a verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta
Eu trago-te comigo
E sinto tanto, tanto a tua falta

Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
Gente perdida
Balança entre o sonho e a verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta
Eu trago-te comigo
E guardo este abraço só para ti."


Mafalda Veiga - Gente Perdida

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